"O personagem vive a vida, que devia ser a nossa, a vida que recusamos. Outra verdade, que julgo definitiva, é a seguinte: a alegria não pertence ao teatro. Pode-se medir a força de uma peça e a sua pureza teatral pela capacidade de criar desesperos. O teatro ou é desesperado ou não é teatro".
Nelson Rodrigues

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

De Ibitipoca à sublimação

Vou para Ibitipoca de bicicleta... sozinha... corro para chegar antes do anoitecer. No caminho, uma bela paisagem, um precipício e uma rocha que parece ser de marte, coloco meus pés sobre ela e tiro uma foto (do pé sobre a rocha). Chego no lugar prometido, a pousada do Jan (dono do Vegan), pelo preço que paguei, uns 20 reais, fico num quarto com outras 10 pessoas, fico um pouco decepcionada, pois achei que ficaria num quarto só pra mim. Uma das pessoas ronca e penso, 'jamais conseguirei dormir nesse lugar'. Olho no 'mapa' para ver a localização da minha cama, tiro ela um pouco do lugar e o Jan fala que eu fico querendo me deslocar do grupo. Saio para dar uma volta, vejo o mar de Ibitipoca (?), estou ausente do mundo, num refúgio de paz e tranquilidade.

- corta -

Estou no Rio de Janeiro (ou São Paulo), no 'novo metrô' com algumas amigas da faculdade. O novo metrô é algo parecido com uma maria-fumaça européia (très charmant!). É meu aniversário, todos cantam parabéns no vagão. Não sei exatamente para onde estou indo, mas tenho que atravessar a linha do trem de bicicleta, olho várias vezes para me certificar de que não serei atropelada por um trem. No final das contas entro no trem que é "circular" (teoricamente ele voltaria para o mesmo ponto de partida) mas quando me dou conta ele está indo para bem longe (nilópolis, mas com o parâmetro de distância paulistano). Já que estou a passeio paro na estação 'sublimação', acho interessante o nome e tiro uma foto debaixo da placa. Meus amigos vão saltando a cada estação, eles sabem para onde querem ir e eu não. De repente me dou conta de que estava com uma bicicleta e me pergunto onde estaria ela agora. Lembro de Ibitipoca, lembro que tenho horário para estar em algum lugar e ainda tenho que passar no armário da estação para pegar alguma coisa que tinha deixado por lá.... ( aqui começa uma tonalidade de angústia).

Fim de sonho

Um comentário:

Fabio Rocha disse...

Sucesso no novo endereço e vida! ;)